O acidente aéreo de 1996 na Etiópia
Em 23 de novembro de 1996, um Boeing 767-200ER da Ethiopian Airlines caiu pouco depois de decolar do Aeroporto Internacional de Bole em Addis Ababa, na Etiópia. Todos os 175 passageiros e tripulantes a bordo morreram no desastre, fazendo desse o pior acidente aéreo na história da Etiópia.
O Boeing 767-200ER foi projetado e construído pela fabricante de aviões americana, a Boeing. Este modelo de aeronave foi introduzido em serviço em 1982, e ganhou popularidade entre as companhias aéreas de todo o mundo por sua capacidade de transportar grandes quantidades de passageiros a longas distâncias.
O voo ET961 da Ethiopian Airlines estava programado para partir de Addis Ababa às 00h30 com destino a Nairobi, no Quênia, e de lá seguir para a cidade de Lagos, na Nigéria. No entanto, logo após a decolagem, o avião enfrentou problemas técnicos e o controle de tráfego aéreo perdeu o contato com a tripulação.
De acordo com os relatórios iniciais da investigação, o piloto tentou retornar ao aeroporto de origem após o aviso de falha do motor. No entanto, o avião continuou a perder altitude e a tripulação perdeu o controle da aeronave. Como resultado, o Boeing 767-200ER caiu no Oceano Índico, a cerca de 500 quilômetros da costa da Comores.
Os mergulhadores de salvamento vasculharam a área do acidente por dias, em busca de possíveis sobreviventes. Infelizmente, nenhum passageiro ou tripulante foi encontrado vivo, deixando o mundo em luto pela perda de tantas vidas.
Apesar da tragédia, existem histórias de heroísmo e sobrevivência que foram relatadas pelos poucos passageiros que estavam a bordo da aeronave. Zinabu Asrat foi um dos passageiros que sobreviveu ao acidente. Na época, ele era um estudante universitário que retornava ao Quênia após visitar sua família na Etiópia.
Asrat relatou que, durante o voo, ele ouviu uma explosão e sentiu que o avião estava perdendo altitude rapidamente. Quando o avião caiu no oceano, Asrat conseguiu se libertar do cinto de segurança e nadar até a superfície. Ele foi resgatado por um navio de carga que estava passando perto do local do acidente.
A investigação subsequente do acidente descobriu que a causa da falha do motor do Boeing 767-200ER foi o bloqueio dos bicos dos motores por depósitos de gelo. Esse problema ocorreu porque a tripulação não usou as instruções corretas ao operar os sistemas anticongelantes da aeronave.
O acidente aéreo de 1996 na Etiópia é um lembrete sombrio dos perigos associados à indústria da aviação. O incidente levou a mudanças significativas na segurança de voo e protocolos de manutenção de aeronaves. No entanto, a história também destaca a resiliência humana em face da adversidade, especialmente nos casos dos poucos sobreviventes da tragédia.
